Educação
Pilhas de papéis devem sumir das escolas
Novo sistema vai permitir o lançamento de todos os dados dos alunos da rede
Pilhas de papéis arquivados por volumes tendem a sumir das prateleiras das escolas municipais a partir da implantação do novo sistema, denominado Igan Tec, que vai permitir a informatização dos dados dos alunos, como matrículas, notas, frequência, enfim, todo o histórico escolar. Em nove escolas-piloto o método já está em desenvolvimento - são cinco na zona urbana e quatro na área rural. Em todas as 88 instituições deve estar em operação até o início de 2018.
O lançamento das informações dos alunos da rede municipal para o sistema ainda utilizado, o SIM, é digitado na Secretaria Municipal de Educação e Desporto (Smed) por sete servidores, que recebem o material manuscrito das escolas. O trabalho é extenso e nessa semana recém seria concluído o processo de matrículas e iniciada a digitação das notas ou pareceres, relata a chefe do Departamento de Processamento de Dados Escolares, Carla Kurz.
Hoje tudo é papel e após de digitado na Smed é lançado no sistema de informática pela Coinpel. Com o novo modelo, as próprias escolas farão esse trabalho em relação aos seus alunos. Os pais vão receber senhas e poderão acessar todas as informações. Desde fevereiro funciona nas escolas-piloto, que estão em fase de aprendizado. Na Piratinino de Almeida, por exemplo, ainda são lançados os dados das matrículas, porque as funcionárias estão aprendendo a lidar com a ferramenta.
A parte mais difícil para a Smed é a não padronização do sistema de avaliação. Há escolas que emitem notas, outras pareceres. As instituições têm autonomia pedagógica para definir a forma que julgar mais correta. O novo sistema permite maior flexibilização no lançamento de dados, de acordo com o modo de avaliação de cada escola. Mesmo funcionando em algumas instituições, ambos os sistemas são utilizados paralelamente.
A licitação está em andamento para viabilizar internet a todas as 88 escolas. Muitas ainda não têm, como as 28 de Educação Infantil, e serão preparadas para receber. A estimativa é de que até o final deste ano o sistema possa estar implantado em toda a rede. A vice-diretora da Piratinino de Almeida, escola que funciona nos três turnos e possui 1.003 alunos, considera o novo sistema um ganho para todos, que em breve substituirá o grande número de arquivos na estante da secretaria. "Está todo mundo aprendendo. Antes se perdia muito tempo, era tudo manual. Com o tempo acredito que será muito bom", diz Cíntia Garcez da Rosa.
Informatização geral
O novo sistema não vai apenas eliminar papéis, mas agilizar o trabalho em todos os segmentos da Smed, pois vai incluir dados gerais, não apenas os escolares. De acordo com o secretário adjunto, Tiago Bündchen, a ideia do titular da pasta, Arthur Correa, é informatizar todos os processos da Secretaria. Em 2018 será criado um sistema de matrículas para abranger a Educação Infantil, que hoje não entra na Central de Matrículas por ser de interesse somente do município.
É feita, então, em cada escola e há dificuldade em controlar o número de matrículas de uma mesma criança. Os pais fazem cadastro em várias para ter mais chance nos sorteios. "A ideia é um sistema interligado entre a Smed e as 28 escolas de Educação Infantil para controlar efetivamente a procura", explica Bündchen. O novo método disponibilizará mais de uma opção aos pais e facilitará a política de expansão de vagas.
Escolas-piloto
O novo sistema funciona em fase de teste nas seguintes escolas:
Urbanas
- Afonso Vizeu (Areal)
- Cecília Meireles (Areal)
- Piratinino de Almeida (Areal)
- Carlos Laquintinie (Porto)
- Luciana de Araújo (Centro)
Rural
- Alberto Rosa (Corrientes)
- Garibaldi (Rincão da Cruz)
- Bruno Chaves (Monte Bonito)
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